Sem Titulo 21/9/2010-1:39

Sem Titulo 20/9/2010-1:8

Por Que Cada Governo Quer Resolver Os Problemas A Seu Modo?

Neste final de semana, li no jornal “Folha de São Paulo”, em sua edição online que o governo do estado de São Paulo estaria boicotando programas de saúde do governo federal. Os programas SAMU e UPA não possuem participação do governo estadual, onde o governo federal e o município arcam meio a meio os recursos de funcionamento. Por outro lado, o governo do estado tem o programa AME que de certa forma, é redundante, pois possui características similares a das UPA’s, exceto por se tratar de uma clínica de especialidades. Essa situação possui uma explicação clara: uma política narcisista e egoísta.

Ninguém quer dar o braço a torcer. O principal problema é que mesmo sendo uma solução boa e adequada, pode sofrer um absurdo boicote, simplesmente porque, o governo é de oposição. Por outro lado, é preciso se não for possível implantar uma solução nacional, auxiliar e apoiar soluções locais. Mas o boicote partiu do governo estadual paulista, que além de não apoiar a implantação de programas federais de saúde, não aceitou o repasse de verbas proposto pelo governo federal para estes programas.

Não se deve resolver a seu modo, os problemas da população. É preciso um esforço sinérgico de todas as esferas governamentais para que a saúde da população receba o tratamento adequadamente digno, e para todos.


Se gostou do texto, divulgue a seus amigos e participe da campanha Reage, São Paulo, escrevendo a hashtag #reageSP em suas mensagens no Twitter, contra 16 anos de inércia e desrespeito dos governos tucanos em SP.

Educação: Um Descaso Em Sp

Uma notícia me estarreceu bastante, esta manhã. Quase a metade dos professores que ministram aulas nas escolas públicas de São Paulo são temporários. Isto é um fato gravíssimo, que denota o descaso do governo do estado na educação do povo paulista.

Você que já se formou ou está na faculdade me pergunta o que temos a ver com isso. O fato de muitos professores serem temporários acabam por aumentar e muito, a rotatividade do corpo docente nas escolas estaduais. Acaba-se criando uma situação de incerteza. De um lado, professores que não recebem a confiança do estado vão procurar outras oportunidades e acabam por sair de suas turmas, e por outro, os alunos acabam sofrendo com a troca constante de professores, pois cada professor possui sua própria metodologia de ensino e isto provoca estresse, atritos, descontentamento e até mesmo a evasão escolar. Este não é o único problema da educação em SP. Muitas das escolas estão em péssimo estado de conservação, pondo em risco a saúde e a segurança dos alunos. Os professores não recebem uma remuneração condizente à importância de sua função, sendo que muitos tem de trabalhar em duas ou mais escolas para compor a renda, sem contar que isto tira-lhes o tempo necessário para preparar suas aulas, além de se atualizar, com cursos de mestrado e doutorado. É um absurdo um oficial de justiça, que desempenha uma função burocrática, ganhar mais do que um professor. Acrescente que a métrica de avaliação dos alunos é inadequada, o material e as metodologias de ensino estão obsoletas e que a mentalidade do jovem é altamente influenciada pela mídia. Tudo isso culmina em um estado crítico, com uma queda acentudada da qualidade de nossa força de trabalho, devido a uma escolaridade deficitária de conteúdo e baixa qualificação. A educação, ou melhor, a transmissão de cultura e conhecimento a crianças e jovens é de fundamental importância para dar sustentação ao estado e garantir desenvolvimento a longo prazo. Uma educação com qualidade deficitária causa um impacto terrível em todos os aspectos relativos ao estado. Provoca uma queda na qualidade profissional, aumenta o risco de erros causados por imperícia, reduz a capacidade inovadora e desenvolvedora e acaba por aumentar a segregação social, culminando com o aumento do desemprego e da criminalidade.

Segundo o governo do estado, já foi realizado um concurso público para o preenchimento de 10.000 vagas de professor, e que estes estão sendo capacitados para começar a exercer suas atividades pedagógicas, ano que vem. Porém nota-se uma política no mínimo insipiente de um governo que está em uma hegemonia de 16 anos e que somente governa de fato em 4: os últimos anos de seus mandatos.

Por isso preste bem atenção, cidadão paulista, ao votar nesta eleição. Porque aquele jovem que está recebendo uma educação ruim hoje, pode ser o seu filho, ou ainda poderá ser seu empregado, colega de trabalho, ou, na pior das hipóteses, aquele que estará assaltando você ou sua residência ou tirando sua vida ou de um parente seu. Vamos reagir São Paulo?


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Depoimento

Desmotivado, cansado, doente, triste. Vivo em um estado permanente e inércia e frustração, vendo tudo cinzento, mesmo em um convidativo e vívido dia ensolarado. Posso externar sorrisos, mas estes são superficiais. Seria com se estivesse confinado dentro de uma prisão de segurança máxima, esperando a morte ou a liberdade. Tenho a lívida sensação de de impotência, de incapacidade de reagir a a uma situação que aos poucos me aniquila, envenenando-me aos poucos. Estou entregue aos ímpios, invisíveis e que residem em minha mente me rebaixando ao nível de um maldito carrasco. A pior coisa da vida é ver a vida passar e não ter forças para fazer esta ter sentido, valer de fato a pena. Não entendo porque isso me acontece. Talvez porque me dei conta que o tempo passou e fiquei. Talvez seja o momento de mudar, de transformar o segundo num momento de inspiração, que é o que me falta. Estou olhando para trás e vejo que o meu passado me prende a meu presente e cerceam meu futuro. Tento esquecer o ontem, mas este se tornou hábito. Antes eu olhava cabisbaixo, passei a olhar de cabeça erguida e agora estou cabisbaixo outra vez. Agora é hora de tomar partido, erguer a cabeça e ir em frente.

Brasil: Um País Vítma De Seu Passado

Estamos em 2010. Com 510 anos de história, o Brasil vive hoje um período de crise institucional e social. Não existe uma identidade nacional neste país. Temos uma mesma língua, mas não temos um sentimento de orgulho, nem mesmo um desejo de reverter um quadro perverso e expúrio ao qual estamos subjugados. Mas nossa história ajuda a explicar nossa situação atual.

A história retratada de nosso país é transmitida, registrada e ensinada nas escolas de forma deturpada. Pois o ponto de vista da história é sempre o da classe dominante na época. Assim atos heroicos vindos de classes dominadas sempre são retratados de forma incompleta ou caricata. Isto faz com que tenhamos a aberração histórica de sermos um país sem heróis e sem memória. Sem uma herança histórico-cultural forte, estamos fadados a não ter parâmetros culturais e políticos que nos impelem a um engajamento político-ideológico capaz de tornar o povo brasileiro, um agente ativo. Assim, chegamos a triste constatação, que poucos personagens históricos nos servem de inspiração para o nosso presente. Em alguns períodos da história recente do país, porém, o povo brasileiro ensaiou movimentos populares, que se tivessem uma organização e força maior, culminariam em uma revolução popular comparável até a revolução francesa, não pelo contexto histórico, mas pelo ato vitorioso de um povo. Porém, percebeu-se que a arquitetura institucionalizada do Estado é corrupta e falida, e precisa ser completamente revisada, mesmo que interesses escusos de alguns parasitas de nossa sociedade, que infelizmente estão no poder, trabalhem contra isto. O poder destes, aliado a seu domínio sobre os meios de comunicação produzem uma cultura conformista, individualista e consumista, causando um estado de paralisia e marginalização política.

Se o passado pouco nos inspira, de onde devemos buscar fontes de inspiração e motivação para mudar este país? No futuro. O futuro do Brasil é muito promissor, mas para que este se concretize é preciso agir. Não uma ação pelega e torpe de grupos que jogam o jogam migalhas ao povo em troca de poder e riqueza de forma ilícita. É preciso uma ação reacionária e revolucionária, porém pacífica, que semeie entre nós o desejo de mudança e a atitude para que esta mudança, de fato, aconteça.

Educação E Formação De Massa Intelectual

A educação é um pilar fundamental para o desenvolvimento de um país. Não apenas provendo troca de conhecimento e informação, a educação possibilita a criação do senso crítico, através da reflexão e da discussão de ideias.

Ideias são energia motriz de ações, que por conseguinte, faz com que a sociedade mantenha o dinamismo de ações, para benefício de todos.

Porém o que vemos hoje nas escolas brasileiras, é reflexo de um complô promovido para fazer do povo uma massa de manobra de políticos inescrupulosos. O elemento principal de formação educacional, o professor, é mal-remunerado, mal-preparado e não dispõe de recursos didáticos para transmitir conhecimento aos alunos, que também sofrem com isso, pois a falta de motivação do professor, implica em uma aula de qualidade ruim, levando a uma formação intelectual-cultural deficitária.

O fato é que o conteúdo ministrado nas escolas, nada mais é do que uma forma didática e ilustrada da realidade que nos rodeia. Porém os métodos de ensino aplicados, por serem metódicos e antiquados, provocam ao aluno uma rejeição ao conteúdo, por não se identicar com ele.

A questão da educação é primordial para o desenvolvimento sociocultural e econômico, pois permite através do desenvolvimento intelectual, pessoas com senso crítico mais apurado, além de exercer sua cidadania, como também permite uma capacitação profissional com uma qualificação adequada. Isto ajuda a produzir valor e qualidade a produtos e serviços e conduz o país a um grau de progresso e desenvolvimento elevados. É importante salientar que o papel do Estado neste processo é primordial. Atuando como mecenas, catalizando recursos e promovendo ações estruturais e de investimento, é possível promover um desenvolvimento educacional progressivo e sustentável que sirva de pilar para o desenvolvimento pleno de nosso país.

Competir é Saudável

“Temos de destruir a concorrência!” – diria um gestor tradicional. Mas mal sabe este, que ele e suas doutrinas, até então tratadas como lei, são língua morta para os novos tempos. Tempos estes em que a concorrência, antes rivalizada, passou a ser solidária.

Um dos reflexos desses tempos são as cada vez mais frequentes fusões e aquisições de empresas, muitas delas, concorrentes em um mesmo setor. Tudo isso teve início no Japão do pós guerra, quando a cultura produtiva implantada pelo governo japonês, propiciou uma mudança na postura das empresas que acabaram se unindo e trocando experiências, criando uma cultura de inteligência competitiva e aperfeiçoamento de seus produtos. O modelo foi bem-sucedido e propiciou um crescimento rápido e vigoroso da indústria japonesa e serviu de modelo para o empresariado mundial. Apenas citei este fato como exemplo positivo. Por outro lado, uma concorrência desleal pode levar a ruína de toda uma categoria. A crise americana do setor de subprime, é um exemplo negativo da concorrência, pois para angariar clientes e vencer a concorrência, valeu-se de tudo, e como os negócios não vingaram, o resultado foi desastroso para o mercado e trouxe reflexos para a economia americana.

Quando uma empresa se destaca mais do que as demais, corremos o risco de o mercado se estagnar, pois não há nenhum parâmetro comparativo. Foi o que aconteceu com a indústria soviética com os planos trienais. A indústria de lá não tinha parâmetro competitivo, o que fez com que esta não aperfeiçoasse seus processos produtivos, nem seus produtos, que se tornaram obsoletos, o que evidenciou o fracasso do sistema comunista de economia planejada.

Em todas as áreas onde existe a competição, a deslealdade competitiva provoca o enfraquecimento desta área. Tanto pela polarização de domínio como pelo impedimento a inovação, uma concorrência desleal, conduz um conjunto de organismos que disputam um mesmo segmento a desumanizar e reduzir sua capacidade de sucesso. Ver alguma organização em crise sem a solidariedade da concorrência é um mal que precisa ser eliminado da cultura empresarial. Assim, como uma célula doente pode contaminar outras, uma organização doente pode levar a ruína suas concorrentes. Até mesmo no futebol, quando um ou mais clubes atravessam uma crise, o futebol daquela região apresenta uma queda de qualidade.

Conclui-se que a competição, de forma saudável permite um desenvolvimento das atividades de um setor como um todo, levando progresso a todos.

Essa Gente

De minha janela, eu olho para uma gente. Uma gente sem rumo, sem propósito, sem razão. Quando olho para essa gente, vejo o passado. Um passado inoportuno, formado pela soma de males que castigam essa gente, e esta não percebe, pois de tamanho castigo, esta já não sente os golpes nela desferidos. Não percebe que foi conduzida e manipulada a viver sem rumo, sem razão, sem futuro. Um futuro que mira coisas e não estados, que mira posses e não poderes, que mira uma vida medíocre a viver plenamente com a consciência de mudar para melhor o universo que o rodeia. Agem de forma inconsequente, e até mesmo criminosa, por não acreditar que podem fazer a diferença. Vive para ser igual, vive para ser malandro, vive numa estranha utopia, de que agindo de forma predadora e perversa pode alcançar a redenção entre seus iguais. Gente pobre e tola. Não sabe que esta cultura de destruição o levará à ruina. Ruina esta que corrompe famílias, destroi vidas, constroi discordia e semeia a morte. Morte que mata a cada dia nossa juventude, morte que faz com que pais tenham que chorar a morte de seus filhos, e não o contrário. Morte que apaga sorrisos, que elimina possibilidades, que propicia derrotas antes que se iniciem as pelejas.

Quando olho para essa gente, me dá vontade de chorar. Chorar a amargura de não ver neles exemplos de humanidade, exemplos de vidas que geram vidas, de almas que iluminam o que está ao seu redor. Choro com raiva e revolta, pois seus filhos os terão como exemplo e compartilharão dos mesmos erros.

Essa gente não é culpada da sina que tem. Não merece ser castigada por tal destino. Os culpados foram outros, que impiedosamente foram egoistas e não ofereceram uma alternativa para que esta gente possa prosperar. Essa gente me traz pena, pois a sua revolta pode matar os justos e tornar esta terra um lugar sem lei, sem ordem, nem progresso, onde quem manda corrompe, e quem obedece, não obedece.

E assim, todas as noites rezo em silêncio, não para que esta gente me ataque, mas que se defenda de todo esse mal. Amem.

Políticos, Por Felipe Neto

Há cerca de uma semana, eu havia falado sobre a juventude e hoje pude conferir o vídeo enviado de Felipe Neto sobre políticos ao Youtube. A minha reação não poderia ter sido outra senão encantamento. Desde 1992, quando Lindberg Farias, então presidente da UNE, falava sobre o impeachment de Collor, uma declaração de um jovem trouxe tanta repercussão. Tudo o que foi dito pelo jovem ator condiz com meu ponto de vista e cutucou a ferida mais aberta em nossa sociedade desde o fim da ditadura militar, em 1985: o conformismo. De lá pra cá, apenas um movimento popular teve tal repercussão: o impeachment de Collor, em 1992. De resto, vimos à passividade de um povo e de várias gerações que assistiam perplexas a sucessões de escândalos de corrupção, sem reagir a isto.

Somos vítimas de um sistema político, o qual poder executivo e legislativo possui poderes iguais. Assim, mesmo que tenhamos um presidente popular, se não houver apoio no congresso, não terá condições de governar a não ser por mazelas baseadas no fisiologismo e no casamento de interesses. De fato o governo Lula trouxe muitos avanços, mas teve que jogar o jogo político das heranças da velha e canalha política nacional, da mesma forma que FHC teve de fazer, há oito anos. E são os deputados que legislam, muitas vezes em causa própria. Sabemos quem são os partidos inimigos do Brasil: o DEM e o PMDB, heranças políticas do regime militar. Hora ou outra, estampam suas caras em escândalos, muitas vezes ocultadas pela mídia, já que muitos deles são donos de jornais e emissoras de rádio e televisão. Vivemos num panorama sombrio, de manipulação por parte da mídia, e educação deficitária. Sinto-me impotente na faculdade diante de uma aula de cálculo, pois no ensino médio, quando estudava na Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas, não tive aulas decentes de matemática, graças a uma LDB elitista implantada pelo governo FHC. Este é apenas um exemplo, pois mergulhamos, infelizmente, em uma geração perdida.

O basta de Felipe Neto é um alento, pois não ouvia vozes de protesto há muito tempo neste país. Ouvir um basta a esta cruel e destrutiva realidade será um primeiro passo de um movimento silencioso que ensaia seu início. Um movimento de repúdio ao status quo, e o início de uma nova realidade, realidade que o povo precisa deixar de assistir o jogo ser jogado e começar a dar as cartas.

Sem Titulo 23/8/2010-1:40

Palavras A Dizer E Não Dizer

(artigo publicado no meu blog de causos como professor: http://professorandrearruda.wordpress.com/2010/08/14/palavras-a-dizer-e-nao-dizer/)

Bem, amigos, mais um causo para vocês. Aconteceu hoje na escola que durante uma conversa informal no intervalo das aulas, um colega emitiu uma infeliz afirmação sobre os alunos que faltaram hoje: disse que iria f*der com eles, pois iria aplicar prova. Uma das alunas, indignada, foi reclamar com a direção da escola. E com razão, pois isto não é coisa que se diga sobre seus alunos, que não podiam se defender dessas palavras, por estarem ausentes, fato semelhante ao artigo anterior, só que, desta vez, com papeis trocados.

A palavra é muito mais feroz que a ação. Pois é fácil de ser dita e torna pública a intenção, a opinião, o pensamento e a conduta de quem o diz. Mesmo em tom jocoso, a palavra revela, nas entrelinhas e no contexto, a personalidade de uma pessoa. Medir as palavras de acordo com o ambiente em que se encontra é um sinal de maturidade e de bom senso, pois muitos foram sumariamente punidos por palavras impróprias em lugares impróprios. É claro que um erro desta natureza, se cometido por ingenuidade, como foi o caso de nosso colega, não precisa mais do que uma séria reprimenda para que tenha a consciência do erro que cometeu.

É importante ter a idéia do que se diz. Palavras são palavras, mas ferem mais ferozmente do que qualquer arma. A caneta é mais forte do que a espada, disse Voltaire, e isto é uma grande verdade. Pois a verdade deve sempre ser dita, mas certas “verdades” não.

Neste episódio também vemos uma falta de compromisso e cumplicidade entre os corpos docente e discente. São freqüentes os atritos entre alunos e professores e, nas minhas aulas, convivo com isso freqüentemente. O fato de o curso ser pago não implica em que o aluno possa fazer o que quiser na aula e ainda assim, ser adulado pelo professor. O respeito deve existir e deve ser uma estrada de mão-dupla: deve ser mútuo e recíproco. Muitos jovens e alguns adultos consideram que o fator financeiro é motivo para uma relação de subserviência por parte do professor aos alunos, pois o confundem com respeito, o que é errado. Respeito não é submissão e sim compromisso.

Por fim, um conselho: guarde as palavras para si, reflite-as, e somente fale se estiver no local certo e no momento certo de dizer. Assim evita-se transtornos e constrangimentos com declarações infelizes.

O Blog Está Mudando…

Ainda há alguns bugs, que serão corrigidos. Enfim… Um novo modelo próprio para este blog. Aguarde!

Eu Acredito Na Juventude

“Vejo na TV o que eles falam sobre o jovem, não é sério
O jovem no Brasil nunca é levado a sério”
(trecho de música do Charlie Brown Jr.)

Estamos em um país que envelhece. A cada ano, nossa taxa de fecundidade diminui e nossa expectativa de vida aumenta. Isto faz com que faz com que deixamos de ser um país de crianças e passamos a ser um país de jovens e adultos. A população jovem de nosso país representa uma parcela significativa da sociedade e é uma importante fonte de trabalho, consumo e opinião que não pode ser ignorada. O jovem brasileiro tem mais anos de estudo, porém menos conteúdo devido a uma educação deficitária, é mais atento às tendências de consumo, mais interligado e diverso do que antigamente.

Mas antigamente havia algo em nossa juventude que não vejo hoje, principalmente entre os adolescentes, a atitude ideológica. Nossos jovens eram muito mais engajados politicamente do que hoje. Mas isto é um reflexo dos novos tempos, em que houve um desenvolvimento econômico e social, no qual facilidades e conforto estão mais acessíveis.
A questão é que há muito a ser feito ainda. Temos ainda muitos jovens que não tem acesso à internet, por exemplo, e não podem sequer ler estas palavras. E como a qualidade da educação em nosso país decaiu muito, um quadro sombrio e temeroso ao nosso futuro se revela.

A cultura inútil que se espalhou em nossos jovens degradou os anseios de parte de nossa juventude, acrescentando o fato de que o desencanto junto à cena política nacional causou desencanto e desinteresse maior entre os jovens, o que provocou um maior individualismo e conformismo. Um reflexo disso foi a queda do número de jovens entre 16 e 18 anos que tiraram o título de eleitor para estas eleições.

Resgatar a juventude para o engajamento político é de suma importância para resgatarmos a nossa cidadania, pois estimula a participação popular e promove um ganho de qualidade na escolha de nossos representantes.

Apesar de todo o quadro negativo, nunca deixo de acreditar nesta juventude. Muitos indícios me levam a crer que haverá uma nova onda de engajamento jovem neste país: o motivo? A própria natureza do jovem de ser independente e multifacetado, o induz a uma situação de vontade de quebrar paradigmas e de agir, não sendo apenas um mero espectador, mas protagonista de nossa sociedade. O que falta é impulso e voz. O jovem precisa ter espaço para falar e impulso para agir e isto pode ser feito com uma mudança de postura tanto da sociedade em relação ao jovem, estímulo a formas de expressão positivas além de políticas públicas e privadas para o jovem. Se houver a união de todos, podemos dar voz e vez a nossos jovens, pois acredito neles.

O Imediatismo Como Inimigo Da Sociedade

Já é sabido de todos que o brasileiro tem o costume de deixar tudo para a última hora. Também sabemos que o brasileiro somente troca a fechadura quando arrombam a casa. O que estas frases comuns tem em comum? O imediatismo. Seja nas pequenas instituições como em grandes grupos, assim como em organizações públicas ou privadas, observa-se uma cultura de reação em vez de uma cultura de ação. Já viu brasileiro fazendo check-up? Somente se notou algum sintoma de alguma doença, quando em muitos casos já é crônica. O fato é que falta visão de futuro a nossa sociedade, não há o pensamento de ações de longo prazo, somente a curto prazo. Vamos observar a princípio nossas aposentadorias e nossas economias. Já pensou em juntar dinheiro para se aposentar? Ou ainda, pensou em juntar dinheiro para a faculdade de seu filho, recém-nascido? Certamente não. Não é necessária pesquisa para saber que o perfil financeiro da grande maioria dos brasileiros não é de poupador, e sim de gastador, pois não imagina se vendo daqui a 10 ou 20 anos, somente enxergam o ano ou a semana seguinte. O mesmo se vê nas empresas. Poucas delas possuem projetos de investimento a longo prazo, o que é extremamente preocupante, pois contam com o modus operandi da conjuntura atual, por considerar que é um estado permanente, o que é um erro.

Até mesmo nossa educação sofre com este revés. De fato há um avanço quantitativo na educação nacional, sobretudo na educação básica, mas não houve um avanço qualitativo. Resultado: nosso ensino médio está atravessado a pior crise de sua história.

Nas organizações vemos um quadro assustador. Por resultados, estimula-se e até assedia-se funcionários e gestores a realizar tarefas em um tempo cada vez mais curto, às vezes sem mesmo planejamento e preparo. O resultado disso são crescimentos fracos e pouco sustentáveis em desempenho e uma constante troca de comandos, por considerados insucessos, por conta de uma estúpida impaciência em ver vantagens, lucros e resultados. Este é um terreno fértil para a concorrência desleal, a falta de ética, os improvisos e atitudes espúrias que tanto emperram nossa sociedade para um avanço sustentável e duradouro.

E assim tem-se uma reação em cadeia, que está levando o Brasil rumo ao caos. E os problemas são tão graves que é preciso tempo, paciência e atitude, para transformar um patamar destrutivo, para outro, construtivo. Mas para isso ocorrer é necessária uma mudança de mentalidade e postura, que valorize as ações de longo prazo do que as reações de curto prazo. Pois apressado, come cru.

Sem Titulo 25/7/2010-3:8

Sem Titulo 24/7/2010-0:26

Mix de Julho 2010

Setlist:
1. Johnny Cash – Walk The Line (Remix Laurent Wolf Feat. DJ Auri ps version)
2. Starkillers, Disco Dollies – Get Up (Everybody Austin Leeds Remix)
3. Tiko’s Groove Vs Laura Finocchiaro – Avoar (Original Mix)
4. Nicola Fasano – 75 Brazil Street
5. Shakira – Waka Waka (Time For Africa David Guetta Mix)
6. Chuckie vs. LMFAO – Let the bass kick in Miami bitch (DJ Inphinity mashup)
7. Manyus and Dario Guida – Fever (Extended Club Mix)
8. Yolanda Be Cool + Dcup – We No Speak Americano
9. Gramophonedzie – Why Don’t you 2009
10. Veerus & Maxie Devine – Clockism (Combed Mix)

Hdtv Ainda Engatinha No Brasil

Realizei uma pesquisa sobre o conteudo de televisão em alta definição no Brasil e o resultado foi desanimador. O mais interessante é que nem precisei apurar de emissora em emissora o conteúdo, pois já havia um estudo pronto na rede. O autor do levantamento foi Gregori Pavan que publicou os resultados em seu blog. Mas não apenas houve uma apuração, como também uma análise dos resultados. É claro que é possível também por nós, telespectadores e também entusiastas de tecnologia, analisar também estes números. O quadro abaixo, extraído dos resultados desta pesquisa também indica uma análise das perspectivas para o HDTV no país:

Emissora Horas de HDTV em Dez/2009 Horas de HDTV em Jun/2010
Total Produção Própria Prod. Terceiros Total Produção Própria Prod. Terceiros
TV Cultura N/A N/A N/A 15h 55m 15h 55m
SBT 29h 45m 20h 9h 45m 28h 35m 21h 20m 7h 15m
Globo 20 h 9h 11h 44h 41m 14h 10m 30h 31m
Record 1h 15m 1h 15m 11h 20m 3h 35m 7h 45m
Rede TV! 161h 40m 153h 55m 7h 45m 155h 20m 145h 20m 1h
Band 74h 50m 65h 20m 9h 30m 98h 10m 85h 40m 12h 30m
MTV N/A N/A N/A 37h 31h 6h
Rede Vida 23h 10 m 23h 10 m 30h 30h

De fato há um grande desafio para as emissoras de televisão no Brasil para tornar sua programação HDTV. A Rede TV, foi a pioneira e inclusive é a primeira emissora do mundo a transmitir em 3D. Mas grandes e tradicionais emissoras como Globo, SBT, Band e Record estão decepcionando pelo conteúdo muito escasso em HDTV.

A Rede Globo é um caso particular pois possui potencial para isso, porém, nota-se que somente os estúdios do Rio de Janeiro possuem todos os requisitos para a gravação de programas de auditório em alta definição. Os estúdios de São Paulo, responsáveis por quase a metade da programação de auditório da rede não transmitem em HD. Somente uma das novelas da rede carioca é transmitida em HDTV e hoje o horário das 19:00 estreia mais uma novela com esta tecnologia, o que deve impulsionar a programação. Além disso, algumas séries e programas como o Zorra Total, que poderiam ser transmitidos em HD, não o são.

As redes de televisão terão o maior desafio com o jornalismo. De fato, temos um grande problema, pois o jornalismo é extremamente heterogêneo, quanto ao conteúdo e as formas de registro. É muito difícil fazer um investimento muito pesado em equipamentos para o jornalismo, para que este se adeque ao padrão HDTV. Alguns telejornais como os da Band e os da Rede TV já são transmitidos neste formato, mas somente a parte dos apresentadores é transmitida dessa forma, pois as reportagens ainda são gravadas em baixa definição.

De resto, é possível reverter esse quadro. As emissoras brasileiras tem capacidade de adequar a essa norma, mas é necessário um esforço gradual e contínuo para que as pessoas que adquiriram tevês de alta definição possam, de fato usufruir deste advento tecnológico.

Obrigado, Espanha!

A decisão da copa do mundo me deixou satisfeito. Isto pois uma copa do mundo costuma seguir as sombras da copa anterior. A sombra do futebol feio, porém eficiente, do título italiano em 2006 assombrava o Soccer City naquela noite de 11 de julho de 2010. E assim foi o tom desta copa até então com partidas violentas e futebol pragmático de muitas das consideradas favoritas, e assim, uma a uma, foram sendo eliminadas: primeiro a França, depois a Itália, Costa do Marfim, e seguindo esse triste cortejo se foram Inglaterra, Portugal, Brasil (infelizmente, mas com justiça), Argentina, e restou o último dos pragmáticos: a Holanda.

O time holandês é de um pragmatismo irritante. Não ataca, contra-ataca com uma jogada bem manjada. Mas joga nos nervos adversários. Joga sujo, de forma desleal, com muitas faltas, algumas de violência desnecessária, de modo a desestabilizar o adversário e se aproveitando do pior nível de arbitragem das últimas copas do mundo, que não pune, sendo conivente com um jogo sujo de um time que joga como vilão. Infelizmente a seleção brasileira caiu no seu jugo, da mesma forma que tentaria contra a Fúria, felizmente em vão.

O futebol do time espanhol é ofensivo, bem tocado e bem jogado, sem destacar um ou outro e sem jogar todas as fichas nas costas de um jogador. Um time que dá gosto de ver e torcer. Mesmo assim, era uma tarefa herculínea. Vencer um time que não joga e não deixa jogar é um exercício de paciência, quase como um jogo de xadrez que em alguns momentos quase se fez em xeque, não o sendo graças a Casillas.

E assim o jogo foi à prorrogação, sem mudar o panorama do jogo: ataque de guerreiros contra defesa de brucutus. Até que faltando poucos minutos para o final da prorrogação, o momento derradeiro: o gol espanhol selou a derrota do pragmatismo, dos pseudo-tecnicos, da arrogância, da violência, do futebol defensivo e sem emoção. Uma resposta ao futebol de resultado. Uma resposta ao time que não joga para ganhar. Um basta ao futebol que não empolga, que não emociona.

A emoção do título espanhol foi a legítima emoção do futebol. Uma emoção que esperamos ver de novo pelo time brasileiro em 2014.

Sem Titulo 11/7/2010-1:37