Onde estou?

Meu primeiro grande amor nem sei onde está, se escafedeu, se foi, sumiu, nunca mais vi. Foi meu primeiro beijo, minha primeira transa, estava aprendendo a amar, mesmo que de forma estranha e inconstante, com idas e vindas, tapas e beijos.

Depois vivi um amor adolescente, com beijos agudos e mão boba. Mas era relação de intesesse, pois queria minhas posses em vez de meu carinho. Foi-se mentiras, provocações e uma sentença: acaba aqui. Cada um pro seu canto, cada um pra sua vida.

Outro amor veio, mas repentinamente se foi, arrumou um novo amor, viaja pelo mundo, vive feliz em festas e mais viagens, passou rápido como o tempo, e foi marcante como uma boa lembrança.

Novo amor surgiu, me impressionou por sua avidez, e por me amar demais. Me senti sufocado, porém retribuía aquele amor. Mas o cansaço de rotinas de final de semana veio a corroer aquele amor com xingamentos de parte a parte e feridas abertas, até que este amor se foi, nem deu notícias, se findou.

Uma tarde apenas foi o suficiente para um amor que parecia se corresponder, se despedaçar em mil pedaços ao longo do tempo. Gosto da sua amizade, não do seu amor, foi a declaração mais dura que ouvi de alguém que ama em segredo. Todas as minhas investidas foram inúteis. Todas aquelas declarações de que eu iria mudar só para ter esse amor foram em vão. Hoje é uma outra pessoa, mudou demais, até de vida. E eu fiquei parado, esperando, em vão.

O coração voltara a pulsar. Um novo amor de repente, algo explosivo e intenso, mas que acabou como fogo de palha. De ligações ao telefone horas a fio, foi-se um tempo depois sumiu, nem deu notícias, deve ter desistido de alguém tão distante como eu fui. Eu devo ser muito tonto de plantar um amor e não regar, não cultivar com afeto. O amor é uma flor tão frágil, que logo morre ao primeiro sinal de abandono.

Hoje namoro a distância. Bits e bytes de palavras doces viajam no espaço cibernético, e desejo ardentemente que floresça, que algo aconteça para que meu coração de ternura se aqueça em uma viagem alucinante chamada amor. O medo de ficar só me apavora e eu me desespero… Uma voz feminina canta uma canção e fico pensando se estou amando mais uma vez, em vão.

Não sei o que sinto, não sei o que faço. Estou sozinho, em meu quarto, em um incompreensível e contido lamento. Estou zonzo, me pergunto: “Onde estou?”

Uma imprensa esportiva marrom

Ontem, dia 23 de junho, o jornal esportivo Marca estampou a conquista da Taça Libertadores da América pelo time do Santos, mas na manchete tratou de ofender a torcida corinthiana com a mensagem “Chupa Corinthians” e no crédito da foto da comemoração de Neymar, insinua que o Corinthians precisa aprender com o Santos a jogar a Libertadores. Isto ocorre pois o Corinthians é o único grande clube de São Paulo que nunca ganhou este certame.

O fracasso corinthiano em Libertadores não aumenta ou diminui o valor das conquistas dos rivais. Pelo contrário, são provocações irresponsáveis de jornais de péssimo nível editorial que acabam incitando a violência no futebol. Claro que uma conquista de um título provoque alguma provocação, mas esta não deve ser ofensiva como insinua o jornal.

Talvez a ideia do editor seja de fazer vender a edição pela rivalidade existente entre o Corinthians e outros grandes clubes, e até torcedores corinthianos comprassem a edição para que os rivais não o comprassem, mas este capitalismo selvagem e sensacionalista que tomou conta de parte da imprensa deste país, tornou o escárnio alheio um espetáculo. Um exemplo real de desrespeito a grupos humanos.

O torcedor corinthiano deve rejeitar essas provocações. Pois estas apenas atestam que o Corinthians é uma referência para vencedores e vencidos.

Falando sobre Poropopó em ação