Hoje já se passaram quase (ou mais de) 100 dias desde o décimo-milésimo. A situação continua estável, por hora, mas mudanças significativas começam a ocorrer. Pra começar, estou em uma correria danada por causa da faculdade. Como alguns dos nossos leitores já sabem, agora sou um aluno da Fatec, um privilégio que finalmente consegui alcançar depois de 4 tentativas em 7 anos. Mas percebi que não é nenhum pouco fácil cursar faculdade pública, principalmente quando se tem uma jornada de trabalho a fazer. Apesar de tudo ainda estou sendo ajudado pelo meu coordenador, o que ele deve ter visto que ainda seria muito útil na Microcamp. O único problema de lá é a burocracia e a filosofia de trabalho da escola. Mas isso é problema de comando, mas de comando geral. Enquanto o dono da rede tiver uma mentalidade atrasada, a escola sempre ficará defasada e dependente do talento dos professores. E, modéstia a parte, São Caetano do Sul tem a melhor equipe de professores, só precisava ter uma escola que lhe desse o suporte adequado a somente se dedicar às aulas.
O pior é que essa mentalidade atrasada dos executivos e empresários é fato corrente no empresariado brasileiro que é burocrata e arcaico. Eles acreditam que o lucro a qualquer custo é a chave do sucesso, uma tolice sem tamanho. Esquecem que a educação do Brasileiro evoluiu, que a sociedade está mudando e que não se aceita mais qualquer coisa, querem qualidade. Essas empresas estão fadadas a morrer. E essa é a minha torcida. Pois o velho deve ceder lugar ao novo. O novo conceito de pessoas que trabalham em prol umas das outras. Não seria esse o sonho do socialismo? E o lucro seria não o objetivo, e sim a consequência de um trabalho bem feito. Não seria esse o paradigma capitalista? Conclui-se que competição com integração é possível. Todos podem vencer nesta batalha, salvando-se todos, entre mortos e feridos.
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