Meu Partido é um Coração Partido

Tem gente que pensa que os partidos políticos não servem para nada. Alguns os hostilizam pois esperam que eles nos representem, e no entanto acreditam que estes representam interesses privados e não públicos.

Se é ruim com eles, pior sem eles, e isso tem nome: DITADURA!

Para quem não estudou, nosso país é uma República Federativa, cuja política é organizada por meio de uma Democracia Representativa. Se o sistema não está funcionando, é porque quem está nos representando, não está agindo de acordo com as vontades do povo.

Por isso é importante entender e fortalecer a figura de partido político, mas que tenha compromisso com o povo, e não com seus próprios interesses.

Ano que vem, tem eleições gerais no Brasil. Vamos continuar os protestos nas ruas, mas também nas urnas não devemos esquecer. Devemos escolher grupos políticos que de fato nos representam, priorizando não as personalidades que se candidatam, mas todo o contexto que os envolvem.

Se o povo soubesse que votando no Tiririca, iria eleger o Mensaleiro Valdemar da Costa Neto, jamais o povo votaria no pobre palhaço, que por sinal, surpreende no congresso com atuação destacada.

O momento é de ir às ruas para que os políticos saibam que eles são nossos representantes e devem governar este país em consonância com nossos interesses, sem hostilizar os partidos, mas aqueles que não representam o povo.

Pois quem odeia partido, rejeita o modelo democrático, e é contra a mudança por vias legais e éticas. Precisamos conter o extremismo e a ignorância pela deturpação dos fatos.

Em tempo: há pessoas que não estão entendendo o que acontecem e confusas, acabam defendendo o fascismo. Armamentismo, redução da maioridade penal, militarismo, defesa da família tradicional são pautas fascistas. Tomem muito cuidado, pois podem estar parafraseando Mussolini sem perceber.

O pranto

Eu havia chegado ao meu trabalho aos prantos em abril. No dia anterior teve greve e eu parei, meus amigos e colegas de trabalho não me entenderam, muitos entraram com medo de ser assediados, mesmo eu pedindo para ficar do lado de fora. Teve confusão, polícia, e me senti um fraco, um inútil que queria lutar por todos os que queriam um trabalho melhor, uma empresa melhor que tratava as pessoas com mais respeito e consideração.

Hoje eu volto para minha estalagem aos prantos. Mas era prantos diferentes. Eu vi que haviam pessoas que pensavam como eu, que lutavam por um país melhor, que foram às ruas por lutar por seus interesses, que não tiveram medo de polícia, que gritaram palavras de ordem, que disseram não à tudo que renegavam.

Em abril eu fui um dos poucos grevistas da Verbo Divino.
Hoje sou um dos 100 mil manifestantes do Rio de Janeiro.

A BONDADE VALE A PENA, SIM. Lutar pelos outros vale a pena! E sou feliz por ser um guerreiro pelas causas de meus semelhantes.

Cada lágrima valeu muito a pena, é a emoção de ser brasileiro e ser ativista.

#OBrasilAcordou

A Primavera vem vindo!

Vocês são os culpados!

Polícia para quem precisa!? Polícia para quem precisa de polícia!?

Se você é fascista, burguês, aplauda o escárnio dos policiais agredindo gratuitamente os manifestantes que agiam de forma pacífica, quinta em São Paulo, Sábado em Brasília e ontem no Rio.

São vocês que querem a redução da maioridade penal!
São vocês que são contra o casamento igualitário!
São vocês que são a favor do absurdo da “cura gay”!
São vocês que querem a ditadura militar de volta!
São vocês que acham que manifestantes são vândalos, que mendigos são lixo humano e que bandido bom é bandido morto (mesmo que apenas pareçam bandidos)!
São vocês que odeiam o pobre, o negro, o índio e não querem que vençam na vida!
São vocês que são contra as cotas raciais e sociais nas faculdades públicas!
São vocês que são contra os 10% do PIB para a educação!
São vocês que fecham os olhos para a realidade, que querem apenas a solução dos efeitos e não das causas.
São vocês que botam a culpa no governo, numa hipocrisia absurda de fugir da responsabilidade!
São vocês que reclamam com os amigos que o Brasil está uma merda, que seu trabalho é uma merda, que seu patrão é um filho da puta, mas chamam de vagabundos aqueles que lutam por você, que vão às greves, que vão às ruas, que se manifestam, enquanto preguiçosamente preferem não fazer nada!
São vocês que falam mal dos sindicatos, mas que não foram em nenhuma assembleia, não fizeram piquete, não pararam um dia sequer com medo de descontar o salário!
São vocês que esperam por um messias, quando tem de fato a força!
São vocês que pensam em vocês mesmos, segundo à risca a Lei de Gerson, e esquecem que estamos todos no mesmo barco, e se cada um remar para o seu lado, o barco nunca sairá do lugar!

Façam o favor, olhem o redor, e vejam que o mundo que vocês viviam mudou, e ficaram estagnados no tempo. Olhem o sorriso amarelo, o pão e o circo, a rotina desgastante de notícias ruins e tentem acordar dessa letargia. Não me inquieta os gritos dos ímpios, mas o silêncio dos justos.

De que lado você está? Cada neutro é um oportunista! E cada oportunista é um Canalha! Vamos, levanta! Desperta! Esta é a hora de sair da zona de conforto, do medo da tragédia, para buscar uma glória maior! Pois a realidade já é trágica e nos envenenou aos poucos, entorpecendo lentamente.

ACORDA!!!!!!!!!

A revolução chega às ruas: autoridades reagem

Os recentes protestos contra o aumento da tarifa de ônibus nas principais cidades do país repercutiu fortemente na mídia, redes sociais, imprensa internacional e é o principal assunto dos últimos dias. Porém é de se notar, que nestas manifestações, vemos que a repressão policial mostra uma face obscura do estado, frente a insatisfação social.

Ontem, o governo do estado de São Paulo mostrou sua face, autoritária e repressora. Segundo a maioria dos relatos, foram os policiais, e não os manifestantes, quem deram início aos confrontos. Era perfeitamente visível que os policiais da tropa de choque tinham como alvos os jornalistas e quem pudesse registrar os seus atos de atrocidade contra os manifestantes. A ação truculenta da PM paulista reflete a política equivocada do governo Alckmin em resolver os efeitos, em vez das causas, assim como toda a classe política retrógrada, que ainda governa neste país.

Impressionante mesmo é a força que as manifestações estão trazendo, levando-nos a uma preocupação que parecia solucionada, o crescente custo de vida. A política econômica do governo não está impedindo o avanço do encarecimento dos preços. E como os custos com transportes são itens que pesam no orçamento doméstico, fica evidente que o aumento da passagem traz reflexos negativos a todas as instâncias da sociedade. Tanto que as manifestações contra o aumento das passagens é um ato popular, democrático, e tem apoio da sociedade. Segundo o Datafolha, 55% dos entrevistados são a favor dos protestos.

A repressão policial exagerada se contrapõe a um protesto pacífico, em sua maioria. Há pessoas que vandalizam dentro do atos, mas não devemos encarar isso como regra e sim como exceção. Este movimento é legítimo e deve ser encarado como exemplo e inspiração a toda a população brasileira que deseja dias melhores. Esta é a hora de tomar partido, ir às ruas e transformar o país, para transformar nossa insatisfação em ação.

Eu não sou máquina

Cansei de ver meu suor gerado em vão. Cansei de ver meus companheiros de trabalho agonizando, doentes, em um silencioso sofrimento. Vejo neles o cansaço, o desânimo, o tabagismo, o alcoolismo, a obesidade, a baixa auto-estima, o mal humor, o tédio, a depressão, o desatino, o pessimismo, o erro. Vejo neles não a doença, mas o sintoma coletivo de um sistema doente, que precisa de pessoas sendo oprimidamente vencidas para que hajam vencedores sem mérito algum.
Ainda está para nascer um líder que não seja borra-botas, garoto de recado, que busque conhecer seus leais seguidores a ponto de defendê-los contra seus pares e superiores, que trabalhe sua liderança com honra e humildade, pois se considera um simples representante de sua equipe.
Cansei de ver os decanos retrógrados, que a todo custo tentam manter suas teorias estritas em jornais amarelados, desgastados com o tempo, impondo velhas soluções a novos problemas. Estes decanos sonharam um dia com a modernidade e com o acesso à informação em tempo real, e hoje tendo estes recursos à mão jogam fora, como coisas superfluas, achando o necessário inútil e o inútil necessário.
Chega de velhos teoremas! Chega de nos reduzirmos a peças descartáveis e substituíveis, comparados a máquinas sem valor! Chega de nos impor uma carga sobre-humana, como se a perfeição deixasse de ser uma virtude, mas uma obrigação! Chega de só funcionar e basta! Chega de colocar a responsabilidade nas costas alheias, quando esta é de fato sua! Chega de narcisismo gerencial! Chega de palavras vazias, meio-termos, e inação! Chega de punir inocentes para dar exemplo! Chega de proteger a mal-caratice por conveniência! Chega de injustiça, do conformismo, do individualismo, do materialismo e da desumanidade! Chega de omissão e conivência! Precisamos dar um basta a tudo isso, por questão de sobrevivência!
Ninguém é uma ilha! Ninguém se faz sozinho, nem merece ter toda culpa ou mérito sozinho, da mesma forma que não devemos fugir do ônus de pertencer a un grupo social. Se um grupo onde estou venceu, eu venci também, assim como se este mesmo grupo sofre um percausto, a falha também deve ser assumida por todos. Não devemos nos abdicar daquilo que é nosso! Juntos somos mais poderosos que qualquer poder opressor, e os opressores sabem disso, e por isso valorizam o valor individual ao esforço coletivo.
O momento é propício de quebra de paradigmas, de revisão de conceitos e de mudanças. As velhas regras já não nos servem, tais como sandalias velhas infantis em pés adultos. O velho mundo precisa ceder lugar a um novo mundo, onde o homem pode entender a si mesmo por meio do próximo. O novo vai nascer! E o homem voltará a ser humano.

Feliciano e os “pais de família”

Hoje fui surpreendido por mais uma declaração infeliz do charlat…, quer dizer, pastor e deputado Marco Feliciano, alvo de protestos contra sua permanência na presidência da Comissão de Direitos Humanos da câmara dos deputados. Segundo o próprio, não existem pais de família ali nos protestos. O intuito da declaração, proferida no programa do Ratinho no SBT, é de claramente colocar os manifestantes contra a opinião pública, taxando-os de alienados e desocupados.
Mas se a família é tida como a unidade nuclear de toda a sociedade, Feliciano, além de lançar uma declaração altamente infeliz e preconceituosa, mostra claramente sua opinião retrógrada sobre o conceito de família.
Casais sem filhos, pessoas que moram sozinhas, pessoas solteiras com filhos, casais homossexuais também são famílias, Feliciano! E todas elas estavam defendendo o direito de serem reconhecidas como famílias em um estado que é tido como laico. Você tem todo o direito de discordar desses novos conceitos de família, mas tem a obrigação de respeitar essas pessoas, pois o senhor não representa apenas os seus fieis, mas todo o povo brasileiro, lembre-se disso! E portanto, suas opiniões não devem estar acima dos anseios do povo, pois em um regime de eleição como o nosso, o senhor não representa apenas os fieis que votaram no senhor, mas numa parcela muito maior da sociedade que espera do político um servo do povo e não um servo de si mesmo.
Pelo bem do povo brasileiro, fora Feliciano! Não é possível que em 2013 ainda exista o facismo troglodita, travestido de moral religiosa.

Tatcher: a controversia da dama de ferro

Caros amigos,

Com a morte de Margareth Tatcher ontem, pude ver pelos comentários nas redes sociais uma grande polêmica. Os formadores de opinião de direita a chamam de grande estadista, onde conseguiu em 11 anos à frente do governo britânico vencer a inflação e com medidas de austeridade colocar a economia de lá nos eixos. Para os de esquerda, porém, Tatcher foi autoritária, usou de medidas impopulares, cerceou a manifestação sindical, foi privatista, usou de artifícios, como a Guerra das Malvinas para reverter sua impopularidade.

De fato, é polêmico falar sobre a então única mulher primeira-ministra da Inglaterra. Mas ao deixar o poder, em 1990, manifestou claramente sua oposição à criação da União Europeia. E hoje, com a crise econômica que assusta o velho continente, irão surgir pessoas que questionariam se ela não estaria com a razão ao se opor ao bloco.

Talvez nem ela nem os defensores da UE estariam certos realmente. Talvez fosse importante criar um bloco, mas com bases sólidas, tanto no aspecto político quanto econômico, o que não pudemos ver realmente ao vermos as disparidades políticas e econômicas de seus países-membros e o trato que o bloco tem dado à crise. O caso do confisco do Chipre é um notável exemplo de desigualdades políticas nas medidas econômicas adotadas pelo bloco, onde Grécia, Espanha, Portugal e Itália vem sendo tratadas em suas crises de forma branda e complacente, e mesmo assim, tem uma grande oposição as medidas por parte da população que tendo brandas ou amargas ações, é quem está pagando um preço caro por uma política regional mal formulada.

Ainda há espaço para muitas discussões e a oposição que Margareth fez lembrar vai ressussitar as discussões a favor da dissolução do bloco europeu, um problema e tanto.

Não estamos prontos (e nem estaremos)

Falta pouco para a Copa. Mas falta muito para ficarmos prontos. Aeroportos, estradas, ferrovias, trens-bala, metrô, estádios, tudo prometido. Nada ficará pronto como se espera, nada ficará para o futuro além de elefantes brancos, puxadinhos, gambiarras e projetos que jamais sairão do papel.
O Brasil não tem capacidade de gerir, pois os que gerem não tem competência em agir, exceto se for em causa própria. Estamos eternamente deitados em berço esplêndido, aguardando dos céus um Messias que faça as coisas.
Não obstante vemos muitos malandros se dizendo os salvadores da pátria, prometendo em troca de votos, dízimo e silêncio um Paraíso, quando se tem somente promessas e discórdia, incitações de ódio e mentiras, em um jogo hipócrita em que muitos acreditam em salvadores sem caráter.
Hora de despertar! Hora de deixar de abdicar do poder para de fato, exercê-lo. Toda nossa lamúria deve se converter em ação. Estamos sendo privados de nosso conforto, de nosso senso, de nossa voz, de nosso pensamento. E pode ser pior: podemos perder nossa liberdade. Despertem antes que seja tarde!
O Brasil deve deixar de ser o país do futuro de alguns para ser o pais do presente de todos. A Copa, creio eu, já não é mais tão importante.

Homenagem ao amigo Nei

Cedo demais…

Como disseram outro dia, por que os bons morrem jovens? Há lógicas que não entendemos, nem queremos aceitar, pois a vida é ilógica, o mundo é ilógico, e nada nos faz sentido. É difícil crer na fragilidade da vida, mesmo com tanta coisa que o Homem fez para fortalecê-la. É difícil crer na força da morte, mesmo com tantos recursos que usamos para derrotá-la. E este fim precoce nos punge de tal forma que somos surpreendidos, agimos com descrença, revolta, dor e, por fim, tristeza.

A melhor forma de homenagear alguém que se foi é vivendo intensamente, pois ao lembrar aquela canção do Milton Nascimento, a Canção da America, que sempre choramos ao lembrar da dor da despedida, lembramos que qualquer dia a gente vai se encontrar, e quando se encontrar, certamente nosso amigo vai querer ouvir de nós muita coisa.

Quanto a você, amigo Nei, me dói saber só agora que você não está mais aqui. Mas que palavras devo dizer, se a tristeza dessa notícia não é possível descrever em palavras? Ficaria horas a fio tentando em vão dizer o que é isso que tira o nosso chão, nossa alegria, um pouco de nossa fé.

Que esteja em paz, onde quer que esteja. É o que é possível dizer.

Divagações sobre o amor

O ato de amar é ver a nós mesmos em outro, de forma a este outro se tornar parte de si mesmo. É a auto-perceção no próximo, espelhada na alma e no sentimento. Quando esse amor é correspondido, deixam de existir dois seres, estes passam a coexistir como um todo formado por duas partes complementares. Quando é platônico, apenas um dos seres tenta, em vão, complementar o outro até que este amor termina, ou se torna uma obsessão patológica. Esta obsessão é um sentimento ilusório que aquele o qual sente acredita ser amor, mas não é.
Assim, de uma forma ou de outra, nos iludimos. O amor é tão abstrato que se confunde com possessão, atração, carência, afeição, pena… Deixa de ser complementar e se torna repulsivo, violento. Deixa de ser algo que complementa, para ser ponto de conflito, em que uma das partes busca abstrair da outra os empecilhos que os impedem de, harmoniosamente, se combinar.
A ilusão é inerente ao homem. Pois é o erro de sua perceção movido por seus preconceitos sentimentais e racionais. Por isso devemos aprender com os erros e as ilusões, pois corrigem nossos conceitos. E estes conceitos são conclusões transitórias, pois mudam no tempo, no espaço e no indivíduo. Aprendendo a conviver com os conceitos, desenvolvemos nossos valores que alimentam nosso caráter, e este compilado que é entendido e defendido por nós, pois devemos crer em nossos valores, designam nossa auto-estima.
Como a auto-estima é a crença nos valores que formam nosso caráter, e estes valores se formam para nós através de conceitos que, por sua vez, são obtidos por meio da experiência da interação com outros seres, podemos afirmar que o homem só é completo quando tem o amor.
E este amor é algo que vem do âmago do ser vivente, quando este entende a si mesmo e se identifica em outro ser.

A última balada

A festa parecia animada. Todos pareciam felizes. Mas o que se sucedeu naquela noite de domingo, mudaria para sempre muitas vidas.
Seria essa a última balada, de tom tenebroso, cinzento, fatal. Gritos, lágrimas, dor e desespero na última balada de suas vidas. Última e derradeira noite de suas vidas. O fogo abrasou suas vidas, levando conosco um pouco das nossas. Um terrível espetáculo dantesco, captados por celulares, câmeras de TV e mostrados para os olhos do mundo, tirando de nós a alegria que os domingos costumam trazer. Celulares que intactos, insensíveis, subliminarmente anunciavam a seus entes queridos o fim. As insistentes chamadas queriam uma prova, um sinal de vida, em vão. A dor da perda em filas intermináveis, em hospitais, no ginásio, em busca de um fio de esperança se estinguiram na face desfalecida de um ente querido entre as vítimas imoladas no desastre. Uma dor que deixou de ser deles nem minha, mas nossa, pois essa dor que os punge é tão colossal que não seria digno carregar isso sozinhas.
Isso nos nostra como somos frágeis, indefesos, diante de nosso destino. Nossas vidas são como uma imensa árvore cheia de folhas, sendo que cada uma delas é uma vida nossa. Há períodos de tempestades em que muitas dessas folhas são levadas embora, de uma vez. Novas folhas poderiam surgir, mas nada poderia trazer de volta as fohas que se foram. Mas o que nos desola é ver folhas muito novas serem arrancadas da árvore da vida sem nos avisar, sem nos fazer entender o porquê desse fim tão precoce. Isso não deve ser justo, é inexplicável, e também imponderável. É o amém que relutamos em dizer, mas infelizmente a vida diz.
Este seria os espetáculo mais triste do mundo se não fosse um outro ocorrido em um circo em Niterói, há cerca de 50 anos. Faz-se lembrar o vocalista da banda ao funcionário do circo, a lona com a espuma da boate, a elefanta com os seguranças, e as crianças… eram apenas crianças, lá e cá, com seus sonhos e seus futuros reduzidos a cinzas. Agora no lugar do futuro, ficou a ausência, no lugar do sonho, o desatino, no lugar da presença, ficou a lembrança e no lugar da vida, a saudade.
Como é triste ver a lógica da vida ser invertida: vemos em vez dos filhos enterrarem os pais, os pais enterrando os filhos.

(inspirado na tragédia de Santa Maria, Rio Grande do sul, Brasil)

Paranoia

A noite cai abruptamente, mas minha mente continua ativa, atordoada por pensamentos que me perturbam de diversas fontes. Essas pertubações me distraem, me assustam, me deixam acuado, indefeso, impotente, quase morbidamente paralisado.
Me debato com os travesseiros, brigo com meu leito, que me abate, me agride, confrontando minha impassividade com o acalanto de um desconfortavel conforto, mostrando a mim, tal qual a criança que não quer dormir por medo do sonho ruim, que aquele não é meu lugar.
Abro a jenela. Vejo a lua fria, quase oculta entre nuvens marrons, em um horizonte tão sombrio e nebuloso quanto meu destino. Me arrepio, pois temo o prematuro desfecho que sequer concluiu o primeiro capítulo, por muito esperar da inspiração do autor, que nunca vem.
Mensagens, tristezas, dúvidas, fracassos, decepções e derrotas me machucam e me atormentam ainda mais… Não consigo fechar os olhos por temer não conseguir mais abri-los. O abismo parece perto e estou inerte, em queda livre.
Olho para todas as coisas que tenho ao meu redor e me vejo tão inanimado quanto isso. Minha dor de ver um mundo girando e eu parado no tempo me desespera. O pavor é tamanho que não vejo alternativas a não ser viver de forma inerte, cinzenta, opaca.
Olho para a luz do meu quarto. Talvez não seja merecedor de nada disso, pois perdi o senso do valor, perdi a noção da verdade, perdi a ideia do carater. Não sou nada, nem ninguém. E isso me envergonha a ponto de fugir, mas para onde?
Estou em um labirinto, perdido. Em uma paranoica jornada rumo ao fim. Ninguém pode me ajudar. Por favor, me salvem. Estou à beira da loucura. Em uma paranoia delirante.

A república do Avatar

Muito observo na sociedade em geral, nas redes sociais, no trabalho, nos estudos, locais e eventos públicos o comportamento humano e o que influencia tal comportamento. E percebo, com certa resignação, uma aparente superficialidade das pessoas, criando “avatares” delas mesmas, de acordo com a ocasião. Chega a ser paradoxal tais mudanças de comportamento, pois uma das necessidades humanas consiste na aceitação por seus semelhantes. Fica claro que pelas exigências de cada grupo social para ser aceito, um indivíduo precisa se adaptar a essas exigências, mudando sua forma de agir, de vestir, de se comportar, de se expressar e de opinar, para se adequar a essas exigências, e enfim, ser aceito.

Isso funciona como um código, uma senha, uma identidade social, que identifica e associa esse indivíduo a esse grupo. Porém, a necessidade de ser aceito, aliada ao formalismo de uma sociedade que se encontra em uma situação de crise de identidade, por conta de se basear em valores que não são fundamentais, em contraponto a valores que eram tidos como fundamentais e não mais o são, nos impõem uma controversa atitude de “dançar conforme a música” e criar avatares de nós mesmos.

Em empresas tradicionais, faculdades, igrejas, eventos esportivos, grupos de interesses comuns e redes sociais é evidente a multiplexação do caráter de um indivíduo. Para cada local e cada situação, vejo uma mesma pessoa se comportar e até mesmo opinar de uma forma diferente. Vejo pessoas buscando se adaptar a grupos sociais fraudando seu caráter para que esse conceito fictício possa ser aceito nesse grupo. E este é o maior mal do homem, quando vê que a trapaça logra êxito, pois este toma esse procedimento como uma solução oportuna, e passa a adotá-la sistematicamente para ser incluso em outros grupos. Os casos mais críticos são quando esses indivíduos abandonam por completo seu real caráter para dar vida a seus avatares. Por todos esses avatares serem conceitos fictícios e artificiais, seu real conceito se perde, assim como seus valores, fazendo com que esse indivíduo se perca em valores superficiais ou passe a ser um ser alienado, alheio a toda ou boa parte da realidade que o circunda.

Não há como, em um modelo capitalista e consumista, combater ao viciante e perverso comportamento de avatar. Pois a mídia, entidades tradicionais como a igreja, grandes corporações e governos nos fazem engolir seus conceitos, forçando-nos a ser o que eles querem, e não o que realmente somos. Parece ser difícil conciliar este dilema, mas é preciso resistir a criar um avatar, buscando ser nós mesmos em todas as ocasiões, mesmo que se contestem nosso comportamento. O fato é que nossa essência seja preservada, ou estaremos fadados a deixá-la escondida em nossos lares, ou perdida em nossas memórias.

Qual a padronização para o one-seg?

Muito me intriga uma observável ausência de padrões no formato de transmissão móvel one-seg. Tanto na questão do formato, quanto na do conteúdo, vemos claramente um ausência de padrão por parte de fabricantes de receptores móveis e emissoras de TV.
Os fabricantes de telefones celulares utilizam tela no formato wide e permitem modos de exibição de tela que distorcem a imagem. Diversos aparelhos de GPS e receptores de TV portáteis utilizam o formato standard, o mesmo das tevês convencionais. Essa discordância ocorre também na transmissão. Muitas emissoras utilizam o formato standard, com tamanho de imagem QVGA (320×240 pixels), enquanto outras utilizam o formato Widescreen, com tamanho WQVGA (320×180 pixels). O formato wide pode exibir mais informações, por ser a cópia reduzida do sinal HDTV, porém possui menos qualidade de imagem, por exibir informações em tamanho menor, tornando ilegíveis os caracteres impressos na tela. O sinal QVGA, oriundo da transmissão SDTV, exibe uma imagem menor, por perder as laterais do sinal HDTV, mas tem as informações mais legíveis, e melhor qualidade de imagem.
Assim, a escolha de um padrão de imagem deve recair sobre o formato QVGA para a transmissão one-seg, pois a qualidade da imagem deve estar garantida para o sinal robusto transmitido.
Por fim, os fabricantes podem se adequar a essa padronização pois os controles de renderização são fornecidos por software, bastando para solucionar a questão uma atualização de firmware.
A interatividade, com a implementação enxuta do Ginga, a programação, que pode ter conteúdo diferenciado para os intervalos comerciais, são outros diferenciais a ser explorados no sinal digital móvel, além do acesso à transmissão a locais onde o sinal não chega como o metrô, através de repetidores de sinal. Ainda são questões que ainda não foram plenamente resolvidas, pois ainda não chegaram à um nível de relevância no debate da TV Digital, porém é importante ressaltar o grau de assessibilidade que este modo de transmissão tem em potencial e com isso, uma padronização se fará necessária.

A última alvorada de 2012

31 de dezembro, três da manhã. Ponho-me a escrever. Paro. Penso. Começo a puxar pela memória os outros 365 dias de 2012. Dias de luz, dias de penumbra. Dias de ação, de reação, ou de inação. Dias para esquecer, para lembrar para sempre. Dias em que cresci, e dias que lembrei que precisava crescer. Todos os dias e todas as noites vivemos, mesmo sem perceber. E por ser hoje o último dia de nossas vidas em 2012, convido ao nobre leitor a refletir em todas as direções: o que ficou pra trás (passado), o que está ao seu lado (presente) e o que está a sua frente (futuro).

Recolha do que ficou pra trás aquilo que lhe trouxe sabedoria: as lembranças e as lições de vida lhe serão muito úteis para o que está por vir e você vai precisar deles. Ao seu lado está seus valores, seu caráter e as pessoas que o rodeiam, pois serão excelentes conselheiros e indicarão o caminho e a forma a imprimir seus passos. E à frente existem as oportunidades, os desafios e a incerteza, pois o acaso sempre se faz presente e devemos estar preparados para ele.

Construa, aos poucos, seu destino, não tenha pressa. Uma edificação firme começa por bons alicerces em terreno bem escolhido. Por isso, avaliar seu passado, observar o presente e antever o futuro são os melhores conselhos que alguém possa receber no ano que começa, onde as esperanças se renovam.

Abra a janela, deixe o sol entrar! Seja bem-vindo, 2013!

Rede Globo debuta no HDTV em jornalismo com as eleições

Em 7 de junho, publiquei um artigo criticando o conteúdo em alta definição da Rede Globo de Televisão. Parece que a Globo resolveu reagir em um evento importante do jornalismo nacional: as eleições municipais. Nos municípios onde houve debates no primeiro e segundo turnos e já possuiam emissoras com transmissão em HDTV, esta tecnologia foi utilizada, e ao vivo. O último debate entre José Serra e Fernando Haddad em São Paulo, transmitido no último dia 26 de outubro, foi em HDTV na íntegra.

Direto do Rio de Janeiro, os jornalistas William Bonner, Alexandre Garcia e Marcio Gomes apresentavam a cobertura das eleições municipais com o resultado das apurações e pesquisas de boca de urna, em inserções durante o Domingão do Faustão, sendo que a maioria delas foi transmitida em HDTV. Entretanto, o Domingão do Faustão, por ter sido gerado em São Paulo, estava sendo transmitido na definição padrão, também ao vivo. Também não foi em HDTV a cobertura local. Em São Paulo, a cobertura local foi apresentada por Cesar Tralli, do estúdio do SPTV, porém em definição padrão.

A falta de consciência política: um convite à corrupção

Quase sempre, ao falarmos de política, a temática da corrupção vem à tona. Ainda mais em uma das maiores democracias do mundo, a brasileira, e em uma época singular: uma disputa eleitoral ocorrendo simultaneamente ao julgamento de um dos maiores escândalos de corrupção da história recente do país, o mensalão.

Mas observe que o mensalão existiu, e esquemas de propinas e favorecimentos ainda existem para representantes legislativos em nosso país (senadores, deputados federais e estaduais e vereadores), por conta de um sistema eleitoral e político em que o eleitor é induzido ao erro.

Comecemos pela obrigatoriedade do voto.

O voto é um direito e o cidadão também deve ter o direito de abdicar dele.

A obrigatoriedade de votar reduz as possibilidades de uma pessoa de escolha, sendo que as demais seriam o voto branco ou nulo. Com efeito, do caminho à sua residência ao local de votação, este é assediado por cabos eleitorais em propaganda de boca de urna (mesmo que proibida), e acabam votando em qualquer um. Pergunte a qualquer um daqui a um mês em quem votou para vereador, que poucos saberão a resposta. Seriam estes os que realmente votam por querer mudar alguma coisa, e com os demais, que não tem a plena consciência do voto, que os políticos sem escrúplulos podem contar.

O quociente eleitoral é uma questão extremamente polêmica, e uma das maiores distorções do processo eleitoral proporcional.

Para permitir o voto de legenda, que costuma favorecer partidos que tenham bom apelo popular, como o PT, a soma do voto dos representantes eleitos nas eleições proporcionais, com os votos de legenda definem os eleitos. Divide-se o total de votos válidos (excluindo brancos, nulos e abstenções) pelo total de cadeiras e se obtem um índice (o quociente eleitotal). Suponhamos que temos uma câmara municipal com 10 vagas e o total de votos válidos seja 25000. Assim, o quociente eleitroral seria de 2500 votos. Porém esse valor é dividido entre os partidos nos votos nominais e de legenda. Assim, um partido de apelo popular sempre consegue grande quantidade de eleitos, assim como um candidato muito bem votado, consegue atrair alguém menos votado do seu partido e elegê-lo. Não à toa que, em 2010, o palhaço Tiririca foi a estratégia do PR nas eleições paulistas para deputado federal. Vendendo a ideia de voto de protesto (“Vote Tiririca, pior que está, não fica!” – foi o mote de sua campanha), o candidato obteve votação expressiva e conseguiu eleger outros políticos do mesmo partido. O que se viu, foi uma estratégia para que Valdemar da Costa Neto, acusado no escãndalo do mensalão, pudesse ser eleito deputado. O grande problema desse sistema, é que a quantidade de votos de legenda é pequeno e poucos partidos se beneficiam dele. Além disso, uma pessoa que esteja votando em um candidato pode estar ajudando a eleger outro, que não queira ou não gostaria que fosse eleito. Este modelo acaba por enfraquecer os partidos e fortalece o fisiologismo, pois o candidato vale muito mais que o partido que o representa.

O modelo de eleição em dois turnos é uma grande armadilha. Nestas eleições temos dois exemplos de como esse processo eleitoral pode travar um governo ou motivar esquemas de corrupção. Na segunda perna do pleito, apenas os candidatos do poder executivo são escolhidos. E os do poder legislativo, que podem ajudar ou atrapalhar o governo desse representante são escolhidos apenas uma vez. Assim, se for eleito um candidato que não tenha uma quantidade de respresentantes no legislativo suficientes para governar, este terá problemas, pois precisará formar uma coalizão ou ainda usar de subterfúgios ilícitos para conseguir aprovar seus projetos. Isto deverá ocorrer em Diadema-SP e na capital paulista a partir de 2013.

O ideal seria que as vagas conquistadas no legislativos pelas coligações em disputa no segundo turno fossem redistribuídas por meio de nova votação.

Isto impedfiria essa armadilha eleitoral do segundo turno. Talvez se voltássemos no tempo, observamos que o mensalão não foi fruto apenas da falta de escrúpulos de políticos, mas também por um sistema eleitoral que catalisou esta falta de escrupulos e inibiu a honestidade no poder.

Por conta dessas questões, uma alterantiva de protesto seria o voto em branco ou nulo, porém seu efeito é inóquo. Ao contrário do que dizem, mesmo que a maioria dos votantes anulassem o voto, a votação só seria anulada em caso de fraude ou crime eleitoral.

A votação nula espontânea não invalida uma eleição.

A lei da ficha limpa pode ser considerada um alento à democracia brasileira. Pois somente a ação popular de propor leis será capaz de mudar a realidade política. Incluir novas regras para a escolha de candidatos ou até mesmo acabar com a obrigatoriedade do voto poderão garantir um processo democrático mais transparente no Brasil.

A partir disso, uma postura consciente do cidadão em relação à política, com o voto consciente, a fiscalização permanente e a manifestação livre, poderão reverter o quadro político nefasto, inibir a corrupção e gerir os recursos públicos de forma responsável, tornando melhor e mais prósperos municípios, estados e o país onde vivemos.

Eleições Municipais: ânimos acirrados, mudanças de rumos

Hoje, 50 cidades de todo o Brasil voltaram às urnas para escolher seus prefeitos. Neste pleito, houve alguns fatos que poderão influenciar as próximas eleições gerais (estaduais e nacional), em 2014.

A primeira impressão que se tem é um acirramento dos ânimos, com a polarização da disputa entre PSDB e PT na disputa pelo eleitorado. E esta disputa chegou a um patamar de golpes na linha da cintura para baixo, com ataques de ambos os lados, baseados nos defeitos que ambos tem.

A grande questão será após a definição das penas do mensalão, pois as condenações já foram dadas. Porém não impediram que Fernando Haddad fosse eleito prefeito de São Paulo, derrotando José Serra, do PSDB. Houve um erro de escolha por parte dos tucanos, pois Serra, mesmo sendo seu importante expoente, perdeu a confiança diante de seu eleitorado, com uma alta taxa de rejeição. A estratégia de Lula de apresentar um nome novo para São Paulo, em vez de nomes já conhecidos, como o de Marta Suplicy, logrou êxito. Lula fortalece sua influência no partido e será um dos principais personagens a reerguer a reputação do PT, que ficou abalada após o mensalão, em 2005.

Ambos os partidos, tucanos e petistas, precisam alterar sua postura e suas direções se quiserem almejar projetos de governo e poder a longo prazo.

Lula cresce com a derrocada de lideranças como Zé Dirceu e Genuíno, por conta do mensalão. Do outro lado, o PSDB, que aparenta ter um comando desorganizado, pode emplacar a candidatura de Aécio Neves para o Planalto, pois com a derrota de Serra, ele sai fortalecido. FHC e Alckmin já articulam o nome de Serra para a presidência do partido.

Claro que o PT deve explorar o mensalão tucano e o do DEM nas próximas eleições, caso o STF, ao avaliar estes casos, aplique o mesmo rigor que foi aplicado aos mensaleiros do PT. Ambos os partidos estão sob o mesmo patamar, mas se os ataques se acirrarem ainda mais, o eleitor irá buscar outras alternativas.

À direita uma opção que irá surgir é a do PSD. O partido chegou forte com diversas prefeituras e elegeu prefeito em Florianópolis, já em sua primeira eleição, e tornou-se uma opção a direita, contra um decadente DEM, um PMDB sem aspirações maiores de poder, e outros partidos nanicos e sem expressão. É bem capaz de alguns pequenos partidos de direita serem engolidos pelo PSD, antes de 2014.

Já à esquerda, a única opção independente de opção ao eleitor, com ambições governistas é o PSOL. Pois ficou evidente em Belém que o intuito de alguns partidos de esquerda brasileiros é ser eternamente oposição, apenas criticando sem propor soluções para os problemas brasileiros, alinhados à sua realidade. Já entre os partidos de esquerda com aliança ao PT, o PSB se destaca e pode ser uma opção forte de esquerda nas próximas eleições.

Com efeito já temos após este pleito, um possível cenário polarizado entre PT e PSDB, mas com outros partidos que podem atuar como surpresas ou fiéis da balança nestes embates.

Um novo ciclo

Ontem eu completei 31 anos de idade. Sempre nesta época em que renascemos, temos que refletir o que passou e o que temos pela frente. Claro que por não termos o completo conhecimento sobre nosso futuro, mergulhamos em um mar de incertezas e isto, inevitavelmente nos impõe a um sentimento de angústia, quando não somos capazes de entender nossas próprias vidas. A reflexão, porém, pode nos fazer entender isto, fazendo com que um novo ciclo deva dar início, pois, como as esperanças se renovam a cada nova primavera pessoal que se inicia, esta fé seria uma força motriz para dar início à uma busca por novos caminhos.

Às vezes, esta reflexão nos faz concluir se devemos ou não imprimir uma mudança em nossas vidas. E este dilema é resolvido de acordo com o estado de espírito no momento em que a escolha é feita. A autoestima somado a um caráter otimista/pessimista/cético/realista, nos influem fortemente em nossas opções. Por conta do estado de espírito, podemos estar susceptíveis a erros, tanto por efetuar a escolha errada, quanto por deixar de passar uma oportunidade. Contudo, tudo isso pode ser revertido aprendendo com os erros e não deixando passar as oportunidades que são oferecidas.

Cada aniversário de vida é um momento de mudança, pois passamos a olhar a nós mesmos com um maior enfoque. Devemos aproveitar este momento para fazer um balanço: o que está certo e o que está errado e assim, agir para melhorar o que está bem e corrigir o que está mal.